terça-feira, 9 de outubro de 2012

Meia-noite em Paris



 Se imagine passeando pelas ruas de Paris e ao ouvir as badaladas que indicam meia-noite tudo se transforma: você volta ao passado em uma década que você realmente gosta, sua “década de ouro”. Sim, é esse o enredo do filme “Meia noite em Paris” do Woody Allen. Esse filme recebeu várias críticas por ser bem parecido com o “A Rosa Púrpura do Cairo”, do mesmo autor, mas foi um sucesso de bilheteria e é realmente lindinho.
Para o protagonista, Gil, escritor de Hollywood que é razoavelmente bem sucedido e está passeando em Paris com sua noiva Inez, a década de ouro foi os anos 20 em Paris. Ele revive todas as madrugadas essa época quando ouve as badaladas e conhece personalidades como F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso. Mas a grande sacada do filme é quando Gil começa a perceber que o presente é subestimado e o passado é sempre valorizado por nós do presente, isto é, ao chegar aos anos 20, percebe que as pessoas dessa época gostariam de viver na Belle Époque (1880 a 1914) e ao chegar nesta última, percebe que os que viviam nela queriam viver na Renascença (séculos XIV, XV e XVI). 
Se fosse para eu escolher um período seria década de 60 em Liverpool, rs. E você, qual escolheria? (comente se quiser!) Enfim o filme é fofíssimo, cheio de lugares maravilhosos (afinal é Paris né?), cheio de romance e um pouco de história. Mas no final fica a dúvida: será que estamos em constante decadência, já que sempre consideramos o passado melhor? Será que no futuro, nós do presente seremos vangloriados mesmo com tantos escândalos sobre corrupção, poluição, entre outros? Será que no fundo o homem é sempre o mesmo, apenas o meio que muda?  


Por Julia Cruvinel

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